CAFEÍNA: mocinha ou bandida, a depender da sua genética!
A cafeína talvez seja a substância mais estudada em relação ao desempenho físico e já foi em um passado recente considerada doping no esporte. Sabidamente, a cafeína tem efeitos interessantes no desempenho físico, aumentando a atenção e concentração e a queima da gordura, poupando assim mais glicogênio muscular e consequentemente aumentando o desempenho em atividades aeróbias. No entanto, a intensidade desses efeitos é bastante diferente entre as pessoas, fato este que sempre intrigou os cientistas.
Atualmente, sabemos que essas diferenças entre as pessoas é explicada por sua genética. Para que a cafeína possa desempenhar seus efeitos, ela depende de uma proteína específica da família citocromo P450, principalmente a proteína CYP1A2.
Portanto, se a pessoa for portadora de mutação genética (polimorfismo) no gene que codifica essa proteína específica, a cafeína não será metabolizada e seus efeitos para o desempenho serão nulos ou muito baixos, além disso, a ingestão elevada e contínua de cafeína por essas pessoas, pode levar a um efeito colateral no sistema cardiovascular, aumentando a chance de doenças do coração.
Portanto, se você pretende fazer uso de cafeína como recurso ergogênico, faça antes um teste genético para saber se ela funcionará para você.
FICA A DICA !!
Texto: Prof. Dr. Homero G. Ferrari